O ex-jogador de futebol Robinho, foi preso na noite de quinta-feira, 21 de dezembro, após a Justiça Federal de Santos acatar a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura, homologou a decisão do tribunal no julgamento ocorrido na quarta-feira, 20.
Robinho passou por audiência de custódia na sede da Justiça Federal em Santos (SP) e será encaminhado ao complexo penitenciário em Tremembé (SP), onde cumprirá a pena de 9 anos de prisão pelo crime de estupro coletivo cometido em 2013 contra uma mulher albanesa.
A ministra destacou no documento enviado à Justiça de Santos que o pedido da Justiça italiana, para que o jogador cumpra a pena no Brasil, foi deferido pela maioria dos ministros que participaram do julgamento no STJ, totalizando 11 votos, sendo nove a favor e dois contra.
O mandado de prisão foi expedido pela Justiça Federal em Santos pouco após o recebimento do documento, por volta das 16h dessa quinta-feira.
Minutos após a emissão do mandado, o ministro do STF Luiz Fux rejeitou o pedido de habeas corpus solicitado pela defesa do ex-jogador.
O Caso: O caso de estupro coletivo pelo qual Robinho foi condenado teve como base transcrições de interceptações telefônicas autorizadas judicialmente. As gravações revelaram conversas em que o jogador admitiu sua participação no ato que levou a jovem albanesa a acusá-lo e a amigos de estupro coletivo em uma boate de Milão, na Itália, em 2013.
Robinhou e um amigo foram condenados a nove anos de prisão pelo crime de agressão sexual em grupo. Entretanto, como retornou ao Brasil, a pena não foi executada.
Além das conversas telefônicas, a polícia italiana também interceptou diálogos captados em um veículo de Robinho. Nessas conversas, o jogador foi alertado sobre a investigação em curso.
Apesar da negação de culpa por parte de Robinho e de seu representante legal na Itália, a Justiça considerou as evidências suficientes para a condenação.
Este caso gerou grande repercussão tanto no Brasil quanto no exterior, levantando debates sobre a responsabilidade de figuras públicas e o tratamento de casos de violência sexual.
Informações da Isto é
Foto: AFP/Arquivos