Por Ana Sampaio
O surgimento de sistemas de inteligência artificial projetados para atuar como “companheiros” ou amigos virtuais de adolescentes acende sinais de alerta entre especialistas em tecnologia e saúde mental. Esses programas, capazes de simular intimidade e confidência, podem gerar dependência emocional, confusão entre realidade e ficção e até manipulação psicológica.
Segundo especialistas, embora a IA tenha grande potencial como ferramenta educacional — ajudando no aprendizado, tirando dúvidas e estimulando a autonomia —, o seu uso como substituta de relações humanas pode ser prejudicial. “A tecnologia deve ser um apoio, nunca uma forma de substituir amizades ou vínculos reais”, alerta um especialista.
A discussão reforça a necessidade de clareza, limites e transparência na interação entre jovens e sistemas artificiais, garantindo que a inovação tecnológica não explore a vulnerabilidade emocional de uma geração em desenvolvimento.
