Trabalhadores da construção pesada podem deflagrar greve em toda Bahia nesta sexta (7)

Após longas rodadas de negociações da Campanha Salarial 2024, com o tema “Jornada de Trabalho Menor para uma Vida Melhor”, o Sintepav Bahia (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial da Bahia) realiza nesta sexta-feira (07), às 08h, na Praça do Campo da Pólvora no bairro de Nazaré em Salvador, assembleia geral com os trabalhadores e trabalhadoras da construção pesada que poderá iniciar greve por tempo indeterminado, já aprovada em toda a Bahia, através da publicação de editais.

As assembleias também ocorrem de forma simultânea nas centenas de obras nas diversas regiões do estado. Na Bahia, são mais de 20 mil trabalhadores e trabalhadoras da construção pesada, nas centenas de obras que representam 15 bilhões em investimentos. No entanto, o Sinicon – sindicato patronal – não chegou a uma proposta que assegure a reposição da inflação, ganho real e assistência médica que são condições mínimas para os trabalhadores e trabalhadoras, responsáveis pela geração de riqueza nas diversas regiões. A construção pesada é um dos principais motores do desenvolvimento econômico e social da Bahia e do Brasil, englobando os setores público e privado, desempenhando um papel fundamental na geração de emprego e renda.

As obras de infraestrutura têm impactos significativos em toda a sociedade. Nas importantes obras, a exemplo da ampliação do metrô de Salvador, Ferrovia de Integração OesteLeste (FIOL), Terraplanagem, Barragens, obras de Energia Eólica, Linhas de Transmissão, entre outras, o trabalho desempenhado pela categoria influencia diretamente as questões da mobilidade urbana, além da transição energética, fundamental para a preservação ambiental, contribuindo para a vida de toda a população.

A greve é uma medida adotada diante da falta da valorização social do trabalho pelas empresas do segmento. Enquanto os trabalhadores dedicam suas habilidades e esforços para promover o bem-estar e o progresso da sociedade, as empresas se recusam em promover condições mínimas que garantam a qualidade de vida da categoria, responsável pelo desenvolvimento econômico, social e a geração de riqueza em nosso país. Portanto, a categoria exige melhores condições de trabalho, salários dignos, saúde e segurança do trabalho, assistência médica para todos os trabalhadores e trabalhadoras que, através das mãos calejadas, contribuem para o desenvolvimento do nosso estado e do nosso país.

Confira as principais reivindicações: Reposição da Inflação + Aumento Real; Concessão da Cesta Básica; Segurança e Saúde no Trabalho; Contrato de Experiência de 30 dias; Aviso Prévio Indenizado; Assistência Médica; Manutenção das demais cláusulas da CCT.

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