Especialista mutuipense explica possibilidade de efeito colateral raro na vacina contra COVID-19

A farmacêutica AstraZeneca reconheceu, pela primeira vez, a existência de um “efeito colateral raro” associado à sua vacina contra a COVID-19. Essa admissão veio à tona durante uma ação judicial coletiva movida por pessoas que desenvolveram trombose após receberem a vacina no Reino Unido. Nesse processo, 51 famílias buscam uma indenização que pode chegar a R$ 700 milhões.

De acordo com a AstraZeneca, sua vacina pode, em casos muito raros, causar a síndrome de trombose com trombocitopenia (TTS), uma condição caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos que podem levar ao entupimento de veias e artérias.

Em entrevista à Interativa FM, durante o programa Cara a Cara com o Povo, o Dr. Gilney trouxe esclarecimentos sobre essa questão, destacando alguns pontos importantes:

  • Vacinas, assim como qualquer medicamento, estão sujeitas a efeitos colaterais. Os fabricantes são obrigados a relatar todos os efeitos observados durante os estudos da vacina.
  • A análise dos efeitos colaterais, como a trombose, é realizada por meio de estudos populacionais que acompanham os grupos que receberam a vacina. Esses estudos são conduzidos em fases para testar a eficácia e a segurança da vacina.
  • Gilney enfatizou que, embora alguns casos de trombose tenham sido reportados após a vacinação com a AstraZeneca, é necessário investigar individualmente cada caso para determinar se há uma relação direta com a vacina.
  • Ele também comparou o posicionamento da AstraZeneca em 2024 com declarações anteriores, ressaltando uma evolução na compreensão dos riscos associados à vacina.

Gilney concluiu que é essencial analisar essas informações com cautela. Ele compartilhou sua própria experiência, tendo recebido várias vacinas sem experimentar efeitos adversos graves. Além disso, reiterou que a eficácia das vacinas foi comprovada por estudos e que os benefícios superam os riscos potenciais.

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