Por Ana Sampaio
O cantor Igor Kannário entrou com uma ação judicial na Vara Empresarial de Salvador contra o artista Izac Bruno Coni Silva, conhecido como “Zau Kannário”, por uso indevido do nome artístico “Kannário”, registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) desde 2016. Além da proibição imediata do uso do nome, o cantor também solicita uma indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil.
De acordo com a petição, obtida pelo Bahia Notícias, o nome “Kannário” está protegido até fevereiro de 2026 sob a classe NCL (10) 41, que inclui serviços culturais e musicais. A defesa de Igor alega que o uso do nome por Izac, e por duas produtoras também citadas no processo — Crow Produções Ltda e Hills Produções Artísticas e Culturais Ltda —, estaria gerando confusão no público e prejudicando a imagem do artista, configurando concorrência desleal.
Concorrência e identidade artística em disputa
“A conduta do Réu vem causando confusão no público consumidor, prejuízo à reputação do Autor e grave violação aos direitos de propriedade industrial”, afirma a ação. A advogada de Igor, Edilene Rocha, destaca ainda que o réu tem feito uso do nome “Kannário” em redes sociais e, segundo a acusação, chega a “fingir ser o artista ‘Igor Kannário’ sem nunca desmentir o engano”.
A defesa baseia seu pedido no artigo 129 da Lei de Propriedade Industrial, que garante ao titular o direito de uso exclusivo da marca em todo o território nacional.
Na última semana, Zau Kannário publicou em seu Instagram uma apresentação dos músicos de sua banda, o que gerou polêmica entre fãs. Isso porque vários dos integrantes são ex-membros da banda de Igor Kannário. Nas redes, Izac se apresenta como “Filho do Príncipe”, apelido frequentemente associado a Igor, que também é conhecido como o “Príncipe do Gueto”.
Pedido de liminar e remoção de conteúdos
A ação requer, além da proibição definitiva do uso do nome “Kannário” por Izac e pelas produtoras, a remoção de todo o conteúdo que utiliza o nome nas redes sociais e plataformas digitais. Em caso de descumprimento da decisão judicial, a defesa pede aplicação de multa diária no valor de R$ 10 mil.
A Justiça ainda não decidiu sobre a liminar.
Fonte: Bahia Notícias