Aumento de casos de virose eleva procura por medicamentos e sobrecarga hospitalar

Por Ana Sampaio

Nos últimos dias, a Farmácia São Luiz, situada na Praça Góes Calmon, tem observado um aumento expressivo na procura por analgésicos, antitérmicos, remédios para tosse e antialérgicos. Segundo Rita Lopes, gerente da unidade, a mudança brusca de temperatura decorrente do início do período mais frio tem estimulado a circulação de uma virose caracterizada por tosse seca, febre e dores no corpo. “Com a mudança de temperatura, a procura cresceu bastante, especialmente por medicamentos para tosse. Essa virose que está circulando tem causado muita tosse seca, além de febre e dores no corpo”, relatou.

O perfil dos pacientes que buscam atendimento na Farmácia São Luiz também chama a atenção. De acordo com Rita Lopes, a demanda não está restrita apenas a idosos, como em outros surtos, mas tem se concentrado principalmente em crianças e jovens. “Dessa vez, estamos vendo de tudo: crianças, adultos e muitos jovens. Com as festas e aglomerações, os vírus acabam se espalhando com mais facilidade. Diferente de outras situações, agora os idosos não têm sido os mais afetados; o que mais vemos são crianças e jovens”, completou a gerente.

Em paralelo à alta nas vendas de medicamentos, o Hospital Maternidade Clélia Rebouças também tem enfrentado um aumento significativo nos atendimentos relacionados a crises respiratórias. Geisa Barreto, diretora da unidade, aponta que a chegada do período mais frio do ano é responsável pelo crescimento nos casos de gripes e síndromes gripais. “Temos observado um crescimento expressivo nos atendimentos relacionados a problemas respiratórios. Isso é comum nessa época do ano, com a chegada do inverno. Muitas vezes, as gripes se confundem com outras infecções respiratórias, e é importante termos esse olhar atento para atender bem a população”, explicou Geisa.

Para lidar com a demanda, o hospital reorganizou salas e otimizou o espaço físico, ampliando os serviços voltados a síndromes gripais e outras condições clínicas. No entanto, a diretora destaca que crianças e idosos continuam sendo os mais vulneráveis a complicações. Em relação ao serviço de raio-X, Geisa informa que o equipamento está em manutenção, mas garante que os exames seguem sendo realizados diariamente, das 9h às 12h e das 14h às 16h, com suporte de técnica de plantão para urgências. Por fim, a diretora faz um apelo à população: “É muito importante que as pessoas venham o quanto antes, assim que apresentarem os primeiros sintomas. À noite, o atendimento é voltado apenas para urgências e emergências. Se alguém estiver com febre ou suspeita de fratura, por exemplo, que procure o hospital logo cedo, evitando agravamentos e facilitando o atendimento.”

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