A APMIU (Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Ubaíra) divulgou uma nota em resposta sobre o fechamento inesperado da emergência do hospital local. A nota expressa surpresa pela reação do prefeito de Ubaíra, Lúcio Monteiro e esclarece os motivos que levaram à decisão de suspender temporariamente os serviços de urgência e emergência.
A APMIU afirmou que, durante todo o ano de 2023, buscou apoio financeiro da prefeitura devido ao déficit mensal de aproximadamente R$ 170.000,00. A associação alega que, apesar de suas contas serem públicas, não recebeu auxílio financeiro do ente municipal, diferentemente de outras instituições filantrópicas.
Desde janeiro de 2024, a APMIU afirmou ter procurado o Ministério Público para intermediar a relação com a prefeitura. A associação demonstrou suas dificuldades financeiras e propôs alternativas de subsídio para pagar os médicos da emergência, mas sem sucesso. Segundo a nota, o Exmo. Promotor Isaias Marcos Borges Carneiro acompanha o processo de perto.
A APMIU atribui parte do déficit à ineficiência da Atenção Básica, responsabilidade da prefeitura. A associação afirma que mais de 85% da população, que deveria ser atendida pela saúde básica, recorre ao hospital para um acolhimento de saúde humanizado e preventivo.
Em maio, a prefeitura pagou por 15 dos 31 plantões necessários, mas não demonstrou a mesma disponibilidade para junho, o que forçou o fechamento da emergência. A APMIU ressalta seu compromisso moral com a população e justifica a suspensão dos serviços como uma medida para evitar atrasos no pagamento de salários e fornecedores.
A nota questiona a decisão do prefeito de abrir uma unidade temporária de urgência e emergência em um posto de saúde, sem as instalações mínimas adequadas. A APMIU argumenta que seria mais lógico subsidiar o pagamento dos médicos da emergência do hospital, que já possui uma estrutura estabelecida há 74 anos.
A APMIU declarou estar disposta a negociar com a prefeitura para resolver o problema sem prejudicar os direitos da população local. A associação propôs um debate público e técnico para buscar soluções.
A nota conclui expressando a esperança de que a situação seja resolvida rapidamente para que a população de Ubaíra volte a ser assistida de forma digna.
Vale ressaltar que outras instituições filantrópicas, como a APMI de Mutuípe, também não recebem recursos do município, mas funcionam plenamente, chegando a ofertar até dois médicos por plantão.
Além disso, o fato de a nota não ter a assinatura dos diretores da APMIU chamou a atenção. As pessoas questionam quem de fato está por trás da instituição.