Cerca de 20% de todas as prisões realizada na Bahia, em 2024, foram por não pagamento de pensão alimentícia. No total, 118 pessoas foram presas por esse motivo até a sexta-feira (13). No ano passado inteiro foram 99 casos. O dado faz parte do balanço de ocorrências apresentado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), nesta segunda-feira (16). O roubo liderou os crimes no estado, correspondendo a 25,7%, e sendo seguido por homicídios (21,1%), pensão alimentícia (19,5%), tráfico de drogas (13,1%) e estupro (5,7%).
Durante a festa de réveillon, na Boca do Rio, em Salvador a polícia localizou e prendeu sete homens através das câmeras de reconhecimento facial. Quatro deles estavam sendo procurados por não pagar pensão alimentícia, dois estavam foragidos há mais de um ano e todos foram para a festa para curtir. A delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, afirmou que a tecnologia tem sido uma ferramenta importante nas prisões.
“São quase 650 prisões feitas através do reconhecimento facial, este ano. Nos casos de dívida de pensão alimentícia, o juiz expede o mandado e nós inserimos no sistema. Esse equipamento ajuda no cumprimento das prisões. São quase 1.880 pessoas presas desde que essa tecnologia passou a ser utilizada, sem risco nem para o indivíduo e nem para a sociedade já que não é preciso usar a força”, afirmou.
Em junho, um homem que dirigia uma motocicleta foi parado por agentes da Polícia Rodoviária Federal na BR-324 e durante a checagem dos documentos os policiais localizaram um mandado de prisão pelo não pagamento de pensão. Ele foi preso em flagrante. No domingo (15), durante o jogo entre Bahia e Atlético Mineiro, um homem foi preso depois de ter sido reconhecido pelas câmeras. Ele estava sendo procurado por homicídio.