Filha de vítima de acidente na BR-324 relata revolta com saúde pública e busca por justiça

Dona Elisângela, filha de Dona Anice, uma das três vítimas fatais do acidente envolvendo uma van na BR-324, falou, em entrevista com a Interativa FM, sobre sua dor e frustração com a perda da mãe e as dificuldades enfrentadas pela família. Segundo ela, Dona Anice lutava há anos para obter exames e tratamentos essenciais, que foram constantemente adiados. “Minha mãe esperou três anos por uma tomografia e nunca foi chamada”, relata Elisângela, evidenciando a demora no atendimento médico.

O acidente, que ocorreu enquanto Dona Anice viajava para Salvador, deixou Elisângela abalada, principalmente por acreditar que o ocorrido poderia ter sido evitado. Ela conta que sua mãe estava usando o cinto de segurança, mas o equipamento estaria quebrado, o que, segundo sua tia, contribuiu para a gravidade do acidente. Além disso, Elisângela disse que o motorista da van já havia sido advertido por passageiros para diminuir a velocidade, mas temia assaltos e, por isso, mantinha uma condução acelerada.

Outro ponto de insatisfação mencionado por Elisângela foi o custo do funeral. Segundo ela, a prefeitura de Mutuípe se comprometeu a cobrir parte das despesas, mas a família ainda precisou arcar com R$ 2.900. Embora tenha recebido assistência com o transporte para o sepultamento, Elisângela ressalta que em nenhum momento foi procurada por apoio psicológico, apesar da forte ligação emocional que tinha com a mãe.

Elisângela afirmou que pretende levar o caso adiante, responsabilizando tanto o motorista quanto a empresa que fazia o transporte, além de questionar a saúde pública do município. “Eu quero justiça. Minha mãe não deveria ter morrido assim”, finalizou.

 

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