O deputado federal Jorge Solla (PT) criticou, na manhã desta quarta-feira (08, durante o programa “Cara a Cara com o Povo”, a condução do concurso público de Mutuípe, onde a maioria dos aprovados nos primeiros lugares possui vínculos familiares com membros da administração municipal, incluindo secretários, o prefeito e o vice-prefeito. A divulgação dos aprovados no último dia 30 de abril gerou indignação dos participantes e suspeitas de nepotismo e favorecimento.
Segundo Solla, o concurso, anunciado no início do ano, foi marcado por uma série de irregularidades que comprometem sua legitimidade.
“Um cenário absurdo de irregularidades. O concurso foi divulgado no início do ano. A prefeitura optou em utilizar um mecanismo chamado cotação. E existe previsão legal, mas tem regras que têm que ser cumpridas, como qualquer procedimento licitatório. Para a cotação, primeiro você tem que ter três empresas, no mínimo, participando. Essas irregularidades começam daí,” explicou o deputado.
Além disso, a empresa vencedora é acusada de apresentar atestado falso de capacidade técnica, o que foi confirmado pela procuradoria de Correntina, afirmando que o concurso alegado nunca foi realizado. “A empresa que venceu, cometeu crime.
“Atestado falso é crime,” afirmou Solla, referindo-se ao atestado que supostamente comprovaria a realização de um concurso naquela cidade.
A assessoria jurídica de Jorge Solla planeja levar o caso ao Ministério Público Federal, buscando anulação do concurso e responsabilização dos envolvidos. “E nós estamos trabalhando com o Ministério Público, dentre elas, a possibilidade de favorecimento ou nepotismo,” reiterou o deputado.
O caso continua a gerar polêmica e discórdia em Mutuípe, com muitos questionando a integridade das instituições envolvidas e pedindo transparência e igualdade na condução de concursos públicos.