O Concurso Público Nacional Unificado, conhecido como “Enem dos concursos”, que estava marcado para o próximo domingo (5), foi adiado em todo o país pelo governo federal. A decisão foi tomada em meio à situação de calamidade no Rio Grande do Sul, devido às fortes chuvas que afetam a região.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) do Brasil, Esther Dweck, anunciou em coletiva nesta sexta-feira (3) que ainda não há uma nova data definida para a realização das provas.
Segundo Dweck, a impossibilidade de realizar a prova no Rio Grande do Sul, devido aos locais de provas afetados e à impossibilidade de garantir segurança, bem como o risco para a vida das pessoas envolvidas, levaram à decisão de adiamento.
A ministra destacou o objetivo do MGI em democratizar o acesso aos concursos por meio do CPNU e ressaltou que o adiamento protege não apenas os moradores das regiões afetadas pelas chuvas, mas também evita possíveis judicializações das provas em outros estados.
O governo do Rio Grande do Sul divulgou que o número de mortos devido às fortes chuvas subiu para 37, afetando 235 municípios.
O Concurso Público Nacional Unificado selecionará candidatos para 80 carreiras em mais de 20 órgãos públicos do governo federal, incluindo ministérios, fundações, agências reguladoras e institutos de pesquisa. Há vagas para profissionais de níveis médio, técnico e superior.
As inscrições permitiam que o candidato escolhesse um dos blocos temáticos e indicasse sua ordem de preferência entre as carreiras daquela opção. A prova inclui perguntas objetivas comuns a todos os candidatos, além de perguntas objetivas e dissertativas específicas do bloco escolhido.
O concurso conta com 6.640 vagas distribuídas em 21 órgãos federais, sendo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos o que oferece o maior número de vagas, seguido pelo Ministério do Trabalho e Emprego para auditor fiscal do trabalho, Incra, IBGE, Funai e Ministério da Saúde.
O processo de reserva de vagas inclui 5% para candidatos com deficiência, 20% para candidatos negros e 30% das vagas para a Funai destinadas a candidatos de origem indígena.