O motorista do Porsche envolvido em um acidente de trânsito fatal na Zona Leste de São Paulo, no mês passado, teve sua prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo nesta sexta-feira (3).
Fernando Sastre de Andrade Filho, condutor do veículo, teve sua prisão determinada após recurso do Ministério Público ao TJ, contestando a decisão anterior da Justiça que havia negado o terceiro pedido de prisão feito pela Polícia Civil.
A decisão foi proferida pelo desembargador João Augusto Garcia, que destacou a necessidade da medida para evitar a ocorrência de novos delitos por parte do acusado.
A defesa de Fernando Sastre informou que pretende apresentá-lo à Polícia assim que for intimada pela Justiça. A intenção é que ele seja encaminhado à Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba, onde estaria em segurança, de acordo com os advogados.
Além da prisão preventiva, o desembargador revogou as medidas cautelares que haviam sido impostas anteriormente, como a suspensão da carteira de motorista e a proibição de se aproximar das testemunhas do caso. No entanto, manteve o pagamento de fiança de R$ 500 mil, caso seja necessário para indenização à família da vítima.
O acidente ocorreu em 31 de março, quando o Porsche conduzido por Fernando colidiu a 114,8 km/h na traseira do veículo do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, que veio a óbito no local. O limite de velocidade na via era de 50 km/h.
Fernando Sastre foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, na modalidade por dolo eventual. Se condenado, a pena pode ultrapassar 20 anos de prisão.
A Polícia Técnico-Científica está investigando o caso e aguarda a conclusão do laudo sobre a reconstituição do acidente, que será incluído no processo.
Procurada para comentar o caso, a defesa de Fernando afirmou que sempre confiou na Justiça e que todas as medidas impostas estão sendo rigorosamente cumpridas. O filho da vítima, Luam Silva, expressou seu sentimento de injustiça em uma publicação nas redes sociais.
Informações do G1