Os baianos foram surpreendidos com um novo aumento no preço da gasolina no início desta semana. E o cenário de alta tem impacto que vai além do preço encontrado nas bombas dos postos de combustíveis da Bahia. Setores que fazem parte do cotidiano dos baianos, a exemplo da mobilidade urbana e entrega de mercadorias, devem repassar os custos para os consumidores, alertam especialistas da área econômica.
Um exemplo é o aumento das corridas para táxis e aplicativos de transporte, que atualmente envolvem carros, motos. Sem a transferência de valores para os baianos, o preço praticado pela Acelen, empresa responsável pela Refinaria de Mataripe, também resultaria no colapso de empresas que usam os combustíveis para a prestação de serviços essenciais, a exemplo das entregas feitas graças a compras pela internet.
No caso da ida ao mercado, se a vida não tem sido fácil para o baiano, que tem enfrentado realidades como o recente aumento do preço da cesta básica, ela pode piorar com a manutenção dos aumentos na refinaria de Mataripe.
O transporte é a categoria mais significativa no Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), representando 26% dos custos principais. Com o aumento do combustível, o setor será o mais afetado.
“O mais significativo dos aumentos geralmente se registra no aumento das passagens aéreas e das passagens de transporte urbano e metropolitano. No caso das urbanas, esses ajustes acontecem de forma anual. Mas as metropolitanas, interurbanas e interestaduais sofrem aumentos frequentes cada vez que há um aumento do preço dos combustíveis. Logo, se locomover vai ficar mais caro, vai haver impacto no Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), ou seja, um impacto na inflação geral sentida no bolso pelo consumidor”, aponta o economista e professor, Antonio Carvalho,
O cálculo do IPCA considera produtos como despesas pessoais; artigos de residência; alimentação e bebidas; saúde e cuidados pessoais.
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