O corpo do médium e líder espírita Divaldo Franco começou a ser velado na manhã desta quarta-feira (14), no ginásio da Mansão do Caminho, em Salvador. O velório vai até às 20h e, conforme o desejo de Divaldo, ocorre com o caixão fechado, sem cortejo em carro aberto. O sepultamento está marcado para quinta-feira (15), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz.
Divaldo Franco faleceu na noite de terça-feira (13), aos 98 anos, após enfrentar um câncer na bexiga. Ele teve falência múltipla dos órgãos e morreu em casa, na sede da Mansão do Caminho, onde recebia cuidados médicos domiciliares (home care).
Durante o velório, amigos, ex-alunos e seguidores prestaram homenagens emocionadas. Lucas Milagre, que morou com Divaldo por sete anos e o acompanhou em viagens pelo mundo, lembrou com carinho do convite que recebeu do médium para conhecer a Mansão do Caminho. Já Iranildes Santos, ex-aluna da creche da instituição e hoje funcionária pública, foi agradecer pelos ensinamentos recebidos.
“Continuaremos a prestar os mesmos serviços e desejamos ampliar, crescer. Assim como as Obras Sociais Irmã Dulce se desenvolveram bastante, a Mansão do Caminho crescerá no futuro”, afirmou o presidente da instituição, Mario Sérgio Almeida.
Natural de Feira de Santana (BA), Divaldo dedicou mais de 70 anos ao espiritismo. Reconhecido nacional e internacionalmente, ele escreveu mais de 250 livros — muitos psicografados — e foi considerado pai espiritual de cerca de 685 pessoas acolhidas pela instituição ao longo das décadas.
Filho mais novo de uma família de 12 irmãos, Divaldo começou a apresentar sinais de mediunidade ainda na infância, mas enfrentou resistência dos pais e conviveu com experiências espirituais perturbadoras. Só anos depois, ao adoecer gravemente, teve o apoio de uma médium que reconheceu sua mediunidade, marcando o início de sua trajetória no espiritismo.
Em novembro de 2024, o médium foi diagnosticado com câncer na bexiga. Ele passou por sessões de radioterapia e pequenas doses de quimioterapia, sempre acompanhado por uma equipe de saúde. Em fevereiro de 2025, voltou a ser internado por conta de uma infecção urinária, mas logo retornou para casa, onde seguiu os cuidados até seu falecimento.
Mesmo com a partida física, amigos e seguidores destacam que o legado de Divaldo Franco continuará vivo nas ações da Mansão do Caminho e no coração daqueles que foram tocados por sua obra e dedicação ao próximo.