Brasil registra aumento recorde de mortes infantis evitáveis por falta de vacinação desde 2015

Por Gaby Santana 

 

O Brasil registrou, em 2024, o maior número de mortes de bebês e crianças menores de cinco anos por doenças que poderiam ser evitadas com a vacinação desde 2015. De acordo com dados preliminares do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, divulgados na segunda quinzena de outubro, foram contabilizados 48 óbitos no último ano.

Esse número representa o terceiro aumento consecutivo e um salto de 220% em relação a 2021, quando foram registradas apenas 15 mortes nessa faixa etária. O crescimento coincide com o período de queda das coberturas vacinais em todo o país. Apesar de uma recente recuperação nos índices, as metas de imunização ainda não foram plenamente atingidas.

Entre 2023 e 2024, o número de mortes subiu 50%. Já entre 2020 e 2021, o uso de máscaras e o isolamento social durante a pandemia contribuíram para a redução dos casos e óbitos por doenças respiratórias, segundo informações do portal UOL.

A principal causa dos falecimentos infantis foi a coqueluche, uma infecção respiratória que havia sido controlada no Brasil desde 2021. Dos 48 casos registrados, 21 foram provocados pela doença. A situação preocupa a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que reforça a importância da vacinação infantil.

A vacina pentavalente, aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida conforme o calendário nacional de imunização, seria capaz de prevenir todas essas mortes, ressaltou a entidade.

 

Fonte: UOL/  InfoMoney

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