Cinzas de vulcão em Tonga deixam céu rosado no Grande Recife; entenda fenômeno

A erupção do vulcão submarino Hunga Tonga-Hunga Ha’apal, em Tonga, na Oceania, no dia 15 de janeiro, pode explicar os tons de rosa e vermelho no céu da Região Metropolitana do Recife (RMR) que vêm chamando a atenção no amanhecer e entardecer nos últimos dias.

O fenômeno é conhecido como dispersão de Rayleigh, que ocorre quando raios solares se espalham pela atmosfera em forma uma nuvem de aerossóis de materiais particulados em suspensão, ou seja, poeira. O ar que circula no planeta se eleva para as altas camadas da atmosfera e se desloca para várias direções do globo, transportando umidade e, no caso do vulcão, as cinzas vulcânicas.

De acordo com Cleiton Batista, do Observatório Astronômico da Sé, a erupção na ilha do Pacífico produziu uma grande quantidade de enxofre e outras partículas que viajaram até o Brasil em nuvens. “Quando o sol está nascendo ou se pondo são os momentos para que a gente observe esse ganho de tonalidade”, explica.

A nuvem de gás, vapor e cinzas foi expelida pelo Hunga Tonga-Hunga Ha’apal a cerca de 20 quilômetros de altura, atravessou os oceanos Pacífico e Índico, passou pela África e chegou à costa brasileira.

Imagens de satélite compartilhadas pela plataforma especializada Zoom Earth, em 24 de janeiro, mostram a nuvem de poeira do vulcão cobrindo toda a extensão do litoral brasileiro. “Aqui você pode ver a nuvem branca de cinzas ficar marrom à medida que o Sol se põe no Atlântico Sul”, explica.(Folha de Pernambuco)

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