A partir de 2025, animais domésticos vão ganhar uma carteira de identidade nacional. O documento vai ajudar no controle de doenças e no combate aos maus-tratos.
Nala é o nome de uma Golden Retriever de 10 anos. Paulo, o tutor, diz que ter um animal em casa é coisa séria. “O cachorro é um ente da família. Você trata como filho. Então ser tutor de um cão, de um gato, de um outro bicho requer uma responsabilidade”, afirma o tutor Paulo Gomes. Agora é lei. O governo está criando o cadastro nacional de animais domésticos, que vai dar um número de identidade único e intransferível para cães e gatos.
Esse documento vai reunir informações do pet ao longo da vida. O sistema está em fase final de testes e deve ser liberado em janeiro. Para emitir a identidade, o tutor vai ter que acessar o sistema usando a conta gov.br. É preciso fornecer os dados do responsável, endereço, idade e raça do animal, histórico de doenças e vacinas.
O cadastro vai gerar uma carteirinha com a foto do cachorro ou gato. E também um QR Code que pode ser impresso e preso na coleira. ONGs e municípios poderão fazer o cadastramento. Segundo o governo, tudo de graça.
A diretora do Departamento de Proteção, Defesa e Diretos Animais do Ministério do Meio Ambiente disse que a novidade vai ser importante para definir políticas públicas para os animais.
A Nala já tem documentação completa e também usa embaixo da pele um microchip do tamanho de um grão de arroz, com informações como raça, idade, histórico de doenças, vacinas e dados do tutor.
Tudo isso pode ser lido por um scanner e o dispositivo custa até R$ 300. “Não funciona como um rastreador. Funciona, por exemplo, como um chassi de um carro. É um número único no mundo todo, de 15 dígitos, que não vai se repetir.
Ele só te traz essa informação”, afirma o veterinário Jânio Lorenzo. O microchip não será obrigatório, mas se o animal tiver, o dispositivo poderá ser incluído no cadastro.
Informações do Jornal Nacional
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