Por Ana Sampaio
A falta de chuvas na Bahia está impactando negativamente as lavouras de milho e feijão, enquanto beneficia a colheita da soja e outras culturas. A colheita do feijão já começou no Extremo Oeste, mas enfrenta atrasos em outras regiões devido à estiagem e queda na produtividade. A seca também continua prejudicando o milho da primeira safra, principalmente no Norte e Centro-Sul do estado.
Por outro lado, a soja tem se beneficiado da falta de chuvas, o que facilita sua colheita, apesar de algumas restrições hídricas durante o enchimento dos grãos. O algodão apresenta uma situação mais estável, com as lavouras avançando normalmente. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informa que a safra de algodão está 2% à frente da média dos últimos cinco anos.
O meteorologista Gabriel Luan Rodrigues, do Portal Agrolink, explica que o tempo seco é causado por um sistema de alta pressão que tem bloqueado as chuvas. A previsão é de que o tempo continue seco nos próximos 15 dias, com algumas chuvas isoladas no Extremo Oeste. Contudo, há a possibilidade de um retorno das chuvas mais amplas a partir de 23 de março. Até o dia 25, a tendência é de que o tempo seco continue no sul da Bahia, com algumas áreas isoladas recebendo precipitações.
A continuidade da estiagem preocupa os produtores, especialmente os que cultivam soja em fase de enchimento de grãos e as lavouras de segunda safra, que ainda estão no início. No entanto, chuvas localizadas podem trazer alívio para as áreas mais afetadas.