Funcionários do Hospital de Ubaíra estão denunciando uma série de demissões, que consideram arbitrárias e sem justificativa plausível. Segundo relatos, as dispensas envolvem profissionais altamente experientes, alguns com quase 30 anos de serviço na Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Ubaíra (APMIU), gerando grande insatisfação e preocupação entre os trabalhadores.
Na última sexta-feira, surgiram informações sobre o agravamento da crise financeira da instituição, que também enfrenta constantes atrasos no pagamento de salários. A APMIU, que recebe apoio da prefeitura de Ubaíra, com a disponibilização de médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, parece estar em um processo de reestruturação, mas a medida não tem sido bem recebida pelos colaboradores, que questionam as motivações por trás das demissões.
Em 2024, a entidade filantrópica reconheceu publicamente a gravidade de sua crise financeira. No entanto, muitos se perguntam por que, após a prefeitura atender às demandas, com o fornecimento de profissionais de saúde, ainda estão ocorrendo dispensas. Um morador, que preferiu não se identificar, expressou sua indignação: “Se faltavam médicos e enfermeiros, agora isso foi resolvido. Mas por que demitir os que já estavam trabalhando? Isso não faz sentido. Vão continuar pedindo mais à prefeitura?”
Desde o início do ano, sete funcionários foram dispensados, e a expectativa é de que esse número aumente nas próximas semanas. Atrasos salariais, que têm sido uma constante na gestão do hospital, são frequentemente atribuídos aos atrasos nos repasses da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). A administração do hospital, por sua vez, justificou que, com a parceria firmada com a Secretaria Municipal de Saúde, a regularização dos pagamentos seria feita nos próximos meses.
Buscamos contato com a assessoria do hospital para obter esclarecimentos sobre as demissões, e a matéria será atualizada assim que um posicionamento oficial for divulgado.